sábado, 30 de janeiro de 2010

Abelha Mandaçaia - Melipona Quadrifasciata


Melipona quadrifasciata quadrifasciata e Melipona quadrifasciata anthidioides  (Lepeletier ), a área de ocorrência natural dessas abelhas vai do sul ao nordeste, e Brasil central, as colônias naturais de Mandaçaia são encontradas sempre nos ocos de árvores, a entrada do ninhoé construida pela abelhas em raias convergentes de barro, e só passauma abelha de cada vêz, os favos de cria  podem ser horizontais ou helicoidais, não fazem células reais, o invólucro que protege os  favos de cria possui diversas membranas de cerume, os potes são ovóides e tem cerca de 3 a 4 cm de altura, o própolis usado pelas abelhas é um pouco viscoso, no batume de calafetação das colméias usam barro e própolis e talves excrementos de animais, as colônias são regularmente populosas, estima-se cerca de 700 abelhas em colônias fortes.


Caixa com Ninho de mandaçaia 

As mandaçaias são abelhas inteiramente mansas, mas quando o enxame é forte, teem o hábito de esvoaçar sobre o meliponicultor, fazendo cócegas, raramente chegam a beliscar, é uma forma branda de defesa da colônia, apesar dessa espécie ter hábitos sujos, o mel é muito saboroso, porém recomendamos cuidados no consumo do mel, devendo o mesmo passar pelo processo de higienização pasteurização.



È extremamente gratificante a criação das mandacaias, são abelhas rústicas e fáceis de criar, porém embora seja raro, as colônias não resistem a mortalidade da cria, devendo-se tomar todo cuidado no manejo das meliponas em relação aos forideos.                                                              

                               
Ref. Criação de Abelhas Indígenas sem Ferrão.  
Paulo Nogueira Neto - 1970. 
Editora Tecnapis


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Abelhas Mirins

Há diversas espécies diferentes de plebeias, as principais seriam: a Variicolor (Ducke) e Minima (gribodo) na Amazonia, Kerri (Moure) na Bolivia, Mosquito (Smith), no norte e nordeste, Meridionalis (Ducke) em São Paulo e Paraná, a Droryana (Friese) e Remota (holmberg) em são Paulo e estados do sul, Emerina (friese) e Emerinoides (silvestri), ao sul de são Paulo, são muitas as espécies que constituem o grupo das Plebeias.
As plebeias ocupam um território de clima sub-tropical e tropical, que vai desde o norte da Argentina até o México, fazem seus ninhos nos mais variados lugares, árvores, paredões de pedra, moirões de cerca, barrancos etc, ocupam qualquer oco de tamanho apropriado que não seja damasiadamente aquecido pelo sol, a entrada do ninho é de propolis endurecido, praticamente não existe tubo, a não ser em alguns casos,
a entrada permanece aberta à noite, os favos de cria são horizontais ou helicoidais. 

  Ninho da Plebeia Droryana. 

A construção dos favos é suspensa durante o inverno ou parte dessa estação, constroem células reais, o invólucro protetor dos favos é bastante desenvolvido, o propolis armazenado é altamente viscoso e pegajoso, o batume de calafetação são feitos de cerume e propolis, as colônias das Plebeias são medianamente populosas e as vezes o numero de habitantes é bastante pequeno. São abelhas inteiramente mansas, mas há exceções, essas abelhas tem o hábito de lamber o suor da pele o que pode transmitir micoses, a produção de mel e pólem e muito baixa, não é viavel a criação dessas abelhas para fins de produção, apenas para fins de polinização e para  preservação da espécie.

Ref. Criação de Abelhas Indígenas sem Ferrão.
Paulo Nogueira Neto - 1970
Ed. Tecnapis.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Abelha Iraí - Nannotrigona Testaceicornis

Nannotrigona testaceicornis testaceicornis (Lepeletier) e Nannotrigona testaceicornis punctata (Smith).
Esta abelha é uma espécie de meliponíneo bastante comum, no Brasil é conhecida por diversos nomes, Irai, Camuengo, Mombuquinha, Jataí Preto, o nome mais usado é Iraí, que quer dizer abelha pequena, se estabelece onde quer que se encontre ocos, em arvores, moirões de cerca, paredões de pedra, é muito comum nas cidades. Vive do norte Paraná ao México, a forma punctata ocorre no Maranhão e mais acima.

Canudo de entrada da iraí


A entrada é um tubo geralmente curto feito com cerume pardo ou escuro, esta espécie não produz cera branca ou clara, o tubo é fechado à noite, os potes são pequenos medindo cerca 1,5cm de altura, os favos de cria são quase sempre helicoidais, mas as vezes também existem favos horizontais, faz células reais, o invólucro que protege os favos de cria é bastante desenvolvido. Essa espécie pode ser distinguida dos outros meliponíneos por apresentar na periferia dos ninhos, muitas lamelas ou membranas de cerume espesso, escuro, endurecido e quebradiço, contendo provavelmente muito própolis, essas membranas formam túneis e passagens usados pelas abelhas, outra caracteristica dessa espécie é que raramente utiliza o oco inteiro, quase sempre uma parte da cavidade é isolada da zona ocupada, por meio de um batume de cerume, a principio esse batume é fino, mas com o tempo ele vai sendo engrossado , tornando-se duro. Essa abelha não possue grandes depósitos de própolis, embora utilize essa substância nos seus trabalhos,  no batume e na calafetação usa o própolis e cerume, esse material é menos viscoso que o das outras espécies.

          Disco de cria da Abelha iraí

 As colônias tem uma população estimada de 2.000 a 3.000 habitantes, são abelhas inteiramente mansas, jamais agride o meliponicultor, tornando dessa maneira muito fácil a sua criação, é uma espécie sensível ao frio intenso, é muito trabalhoso efetuar a transferência para caixa racional, pois as abelhas se escondem nos labirintos de cerume duro, o mel é muito saboroso, essa espécie produz cerca de 300gr/ano, não sendo viável para fins produtivos, compensando ter essa espécie para fins de polinização e para preservação da espécie.


Ref. Criação de Abelhas Indígenas sem ferrão.
Paulo Nogueira Neto - 1970.
Edit. Tecnapis.